NOVO REGULAMENTO, NOVAS CATEGORIAS

Publicado no mês de Julho o novo regulamento oficial de provas e competições da FPP, agora designada como Federação de Patinagem de Portugal, vem trazer novas nomenculaturas dos escalões jóvens do hoquei em patins. Assim o escalão de infantis B, passará a chamar-se "Escolar", aos infantis C chamaremos "Benjamins" e os Bambis manterão essa designação mas a sua idade máxima será os cinco anos até 31 de Dezembro da época respectiva.
Incluido no referido regulamento e no artigo 60º parágrafo 3º, vem publicado um Regulamento Técnico-Pedagógico, que infelizmente tem muito pouco de técnico e menos ainda de pedagógico.
Definido no regulamento, está explicito que "em Bambis, Benjamins e Escolares não se realizam campeonatos ou taças nacionais", deixando a gestão desportiva destes escalões na responsabilidade das associações regionais que terão a possibilidade de promover ao longo da época "concentrações e convívios", sem boletim de jogo e sem classificação final. Estão assim os escalões de formação condenados a ser meros viveiros híbridos de patinadores que só despertarão para a competição aos onze anos, quando atingirem o escalão de infantis A. É esta uma forma de a entidade máxima do hoquei patinado Português declinar a responsabilidade na formação de atletas que respresentarão o seu futuro e dos quais se virá a servir mais tarde na formação de selecções Nacionais, mas sem que tenha directamente sido responsável pelo trabalho efectuado até aí.
Acredito que o espírito competitivo é algo que se desperta com o multiplicar de provas entre iguais e que deve fazer parte da formação dos nossos pequenos atletas, quando colocado de uma forma saudável e apaixonada e não de maneira imposta e brutal. Passar anos a treinar hoquei em patins para não competir é antes de mais frustante e descabido e só poderá contribuir para que a modalidade tenha cada vez menos importância no panorama desportivo nacional. Aqui está a razão porque a acontecer no futuro a já previsivel morte anunciada da modalidade, a ficaremos a dever a reguladores que continuam apenas a olhar o hoquei em patins como um negócio onde os patrocinios às equipas das grandes metrópoles são o motor do desenvolvimento.
Por nós, aqui neste cantinho do País Ribatejano, continuaremos a procurar forma de praticar o hoquei em patins com os nossos "putos", com espírito desportivo, logo competitivo, cientes que estamos no caminho certo para melhor servir a modalidade e a nossa juventude.