quarta-feira, janeiro 31, 2007

AINDA - BENJAMINS - OS TIGRES/SPORTING DE TOMAR

Ao Sr. António Neves
Começo por lhe agradecer a sua visita ao Blog hoqueitomar, o que acredito não aconteceu de forma fortuita mas atenta e com espírito crítico o que alem de salutar é desejável. Digo de forma atenta já que no seu comentário demonstra estar perfeitamente conhecedor do conteúdo do blog, pois refere algo que só pode ser consultado através do histórico.
Parece-me no entanto haver alguma confusão quando refere os eventuais “choros” que aconteceram no passado perante resultados que não nos foram favoráveis. Ninguém disse que o facto de considerarmos que estamos perante atletas em formação se inibiria aí de querer ganhar. Disse e reafirmo que considero importante apoiar os pequenos nos momentos bons e nos maus e que nos cumpre a obrigação de minorar tanto quanto possível frustrações eventuais que obstem ao seu bem-estar de crianças e futuros atletas.
Quanto ao facto de me imiscuir nos critérios de formação de outros clubes, acredite que não é essa a intenção, mas também lhe digo que mais não fiz do que constatar os factos e falar deles com a consciência de que os mesmos não eram segredo de ninguém. Mais ainda reafirmo o facto de que felizmente de há algumas décadas para cá algo que todos ganhámos foi a liberdade de expressão, e dela não abdico e só me ouve quem quere.
Refere o facto de termos nas escolas de hóquei em patins do Sporting Clube de Tomar na presente época cerca de 50 garotos, saiba que são cerca de 40 e que são das escolas de hóquei em patins e não da equipa de Benjamins, porque essa equipa é formada no início da época por decisão e convocatória dos responsáveis técnicos e é com esses que disputamos as provas em que nos inscrevemos, não fazendo da equipa de Benjamins um passeio de sonhos para os pais e de frustrações para as crianças. De entre os alunos das escolas aqueles que técnica, física e disciplinarmente estiverem em condições serão convidados a integrar a equipa na próxima época.
Sei que verificou os boletins de jogo, ainda bem, eles provam o que aqui afirmo, mais ainda provam que todos os atletas, em todos os jogos participam sempre nas partidas. Aí está o ponto que sei que não gosta que eu refira, desculpe, mas estamos todos a participar numa geração em formação, e não é negócio como diz, pois nada ganhamos e de tudo o que damos é a favor de um clube onde o resultado final são as crianças e a modalidade, e aí não sou indiferente ao que me rodeia, na minha casa mas também na dos outros desde que esses outros se cruzem comigo nestas andanças. Não me contento com olhar para o umbigo e ficar por aí, estamos todos no mesmo barco, e aquilo que hoje semearmos colheremos no futuro. Não posso por isso pactuar com situações que por muito escondidas que sejam infrinjam frustração ou diminuam as expectativas criadas a crianças.
No que concerne ao jogo em causa, tem razão, substituíram um guarda-redes e um jogador de campo, também sei que uma solução para evitar reparos é fazer alinhar menos de dez jogadores, não convocando os outros, realmente “quem sabe da tenda é o tendeiro”.
Termino referindo o seu último parágrafo, que além de inoportuno é infeliz, não acredito que esteja “na hora de ganhar juízo”, se até aqui não o ganhei, acredite que dificilmente agora, e no meio em que estou, disporei de exemplos para tal. Quanto à evolução dos miúdos, nós por cá esforçamo-nos tanto quanto podemos, embora por vezes seja mesmo difícil...
Acredite que é com gosto que lhe respondo, não em faixa de comentários mas aqui na página do blog. Defendo e provo com isto que a divergência é salutar e que só a troca de ideias e opiniões pode enriquecer o nosso dia-a-dia. Acredite que isto só afirma o nosso interesse pela modalidade e pelos “putos”, e o facto de discordarmos só nos poderá enriquecer para melhor servir-mos o hóquei em patins e todos os que connosco se cruzam nas voltas dos dias, e quanto ao “mau feitio”, é uma designação que já tinha esquecido e que costumava ouvir quando os argumentos fraquejavam.
Um abraço
João Mesquita

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RECORDAR É VIVER - OU DIVIDIR PARA REINAR ?